Os autores deste texto têm como propósito examinar algumas noções que estão presentes na análise contemporânea sobre a tecnologia nas ciências sociais, um tema presente que apresenta uma importância na nossa atualidade, marcada pelo processo acelerado de globalização econômica, por sofisticadíssimos avanços tecnológicos. Este estudo vai trazer diferentes formas de pensar a tecnologia. Este artigo tem como pretensão apontar algumas vertentes da sociedade em torno do tema tecnologia e suas implicações para conhecimento específico.
Os debates atuais mais habituais sobre tecnologia, principalmente aquele que está tratando da informação e comunicação, sendo esta bastante difícil de ser reconhecida como um fato social determinado por fatores políticos e econômicos. A tecnologia ainda é pouco incorporada nestes estudos mais recentes, visto assim como fato social, esta tecnologia é ao mesmo tempo produto e prática social. A tecnologia pensada como produto, temos que analisar a realidade do consumo de bens e serviços tecnológicos e suas decorrências, estando sempre mais relacionada com as resultados da utilização destes bens e serviços e suas implementações na vida dos usuários, com as mudanças na vida cotidiana. Por sua fez, pesando a tecnologia como uma prática social sendo esta uma matéria muito pouco habituas de ser estudada.
A forma, mas comum de se pensar e compreender as tecnologias e seus derivados segundo o texto,é aquela que indica a existência da tecnologia e seus artefatos em direta proporção com a inerente necessidade de máquinas e aparatos tecnológico moderna e absoluta funcionalidade para a vida cotidiana que vez mais encantam com as possibilidades de ir poupando e auxiliando a vida prática, tornando-se imprescindíveis para o curso da sociedade tal qual como nós conhecemos.
Lewis Munford, um dos e autores que defende uma linha de pensamento que recusa do “mito da máquina”, que é a crença incisiva de que toda a tecnologia é indispensável e sempre benéfica á humanidade. Ele como os outros seguidores acreditam na sustentação autoritária das máquinas em relação às reais necessidades humanas, desconsiderando qualquer visão de fundamental na tecnologia e sim um produto da criatividade e serviço de um homem.
Nos anos oitenta surge outra visão, aonde reconhece a tecnologia como um sistema sociotécnico, nesta interpretação compreender que o desenvolvimento de qualquer engenho, produto, maquina e outros têm a ver com composição de alguns elementos heterogêneos, entre estes a especialização técnica, o desenvolvimento científico, o contexto social, os interesses econômicos, a dimensão politica. Outra forma de interpretação é a consideração de tecnologia como uma rede de atores heterogêneos, a concepção de rede é extremamente radical e rompe com a distinção entre atores sociais e não sociais, desconsiderando a realidade de objetos e realidades sociais. Esta nova sociedade que se erige, já chamada por alguns autores como a sociedade da informação. Esta sociedade parábola traz novo quadro onde a conjunção de novos poderes e novos saberes abrem a possibilidade de disseminação da dominação de sempre.
Nicholas Negroponte traz uma discussão para compreender e explicar esta nova realidade, ele afirmam que para além da sociedade da informação, vivemos o surgimento de uma sociedade que ele define como pós-informacional, onde átomos são invariavelmente substituídos por bits, e onde o conhecimento diz respeito diretamente com máquina entendendo e interagindo com o individuo e os acontecimentos. Francês Paul Virilio, mostra que o homem vem ficando cada vez mais subjugado á vertigem da aceleração, transmutação, a velocidade e o movimento começam a destruir a noção de tempo. E um dos pontos característicos mais acentuados da negação da revolução tecnologia contemporâneos é a quimera da ilusão de democracia virtual.
Conforme o texto a tecnologia esta cada vez mais presente quando se trata de explicar, conhecer ou analisar a sociedade contemporânea .Prova disto é a multiplicação das formas de interpretar e compreender os artefatos técnicos , as novas tecnologias para lidar com as novas possibilidades de organização e vida social, abertas ao desenvolvimento tecnológico. Algumas dessas interpretações pode ser encontrada no pendulo das propensões e menções de novas tecnologias associadas a novos modelos de organização produtiva de outro, cultiva-se a chegada ao termo da ideologia, mas defende-se , entretanto, a introdução de novos paradigmas pós modernos que julgam guardar em si a chave heurística capaz de dar elementos de explicação e sustentação do “novo”. Este pêndulo e a alusão constante a um fim de um momento a ao inicio de um novo tempo, da nova sociedade, observados sem o verniz hiperbólico e equivocados de suas interpretações,permitem concluir que algumas transformações se operam em um grau realmente importante, mas que precisam ser entendidas em sua dimensão concreta e totalidade para a observação dos significados e nexos explicativos desta mesma realidade.
Segundo o texto não se pode entrever certezas e indícios de rompimento que nos de o sinal de apontada pós-modernidade, sendo a tecnologia incorporada como um dos seus cavaleiros mais singularidades. O projeto da modernidade, falecido para a maioria dos pensadores da tecnologia, começa a surgir dizendo a respeito a coragem e a pertinência intelectual dos pensadores iluministas defendendo a ideia de progresso, com vistas a emancipação das irracionalidades própria da religião,comuns a superstição e da libertação do poder arbitrário, por meio do desenvolvimento de formas racionais de pensamento e de organização social.A vinculação do conhecimento sobre tecnologia e também a crise que se anuncia, é uma das primeiras criticas que mais precisam ser reveladas e decodificadas neste campo do conhecimento.
No texto é trabalhado com Karl Marx que diz que toda e qualquer inovação e invenção, tanto quanto qualquer atividade socioeconômica são fruto de um processo social e não genialidade isolada de um individuo. A formulação feita por Marx da questão em tela é diametralmente oposta as que ate aqui foram verificadas. As interferências de Karl Marx permanecem bastante atuais, fazendo com seu método de analise seja tão mais perceptivo e completo do que qualquer um dos analisados anteriormente. Uma questão também relevante no texto é a que diz respeito ao significado real do advento da técnica na consolidação do projeto da sociedade, que repousa na maioria das vezes numa equação maniqueísta e aleatória.
Com tudo Marx diz que a tecnologia , ou os instrumentos de trabalho de cada sociedade e os seus resultados revelam,a partir da análise de como foram produzidos, os componentes essenciais para a compreensão da sociedade.A tecnologia e a revolução informacional que se segue não são entes que se desenvolvem a partir de tendências individuais e por isso mesmo não se deve isolar para compreender, estando vinculada a um projeto de sociedade a um complexo de ações politicas , de determinações econômicas e de revelações reciprocas e heterogêneas que implicam em uma determinada forma de produzir e reproduzir a vida.
Referência bibliográfica
Tapajós,Luziele Maria.Pensando Tecnologia e Sociedade.
Profa.do Departamento de Serviço Social da Universidade Federal de Santa Catarina.
Doutoranda /PUC SP

oi gente...
ResponderExcluirBeijos
na verdade eu percebo que há uma relação intrínseca entre homem enquanto único e sociedade enquanto muitos únicos para que se possa chegar a evolução da tecnologia. É como pensar que na criação dos computadores, ou mesmo do facebook, houvesse não uma demanda para a criação destes meios, mas havia uma demanda, uma "necessidade" para que alguém fizesse alguma coisa. Tivemos então os computadores que na época eram muito diferentes, cada qual (Steve Jobs ou Bill Gates) realizaram o seu projeto pessoal do que eles acreditavam que pudesse dar conta da demanda. Fica então uma demanda social, mas quem responde a ela é normalmente (salvo excessões) um sujeito, um indivíduo que traz uma novidade para dar conta da demanda.
ResponderExcluirQuanto à criação do Facebook por exemplo, a demanda era a de comunicação, uma sociedade "virtual" que não se comunicava de forma efetiva, uma pessoa pensando nesta demanda cria então um código (extrapolando a academia universitária) e disponibiliza para a população, para o social.
Em ambos os casos, assim como na vulcanização da borracha, na construção de pára-raios, entre outros aparatos tecnológicos, há uma demanda social, mas quem responde por ela é um sujeito, uma pessoa...
Abraços...
www.mclmarco.blogspot.com